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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Relacionamento entre funcionários deve ser discreto dentro da empresa

Edição do dia 10/05/2010
10/05/2010 13h54 - Atualizado em 19/07/2010 16h02

Passamos boa parte da vida trabalhando e conhecemos várias pessoas. É tanto tempo junto que ás vezes pode surgir uma paixão pelo o colega ao lado. Saiba o que fazer nessas situações no Mercado de Trabalho.


Dez horas trabalhando juntos. Lado a lado. Almoço vai, conversa vem, um pedido de ajuda aqui, um convite para um encontro ali... “No começo, quando a gente começou a namorar, ela olhava para mim e eu não percebia. Ficava assim, meio envergonhado por ser dentro da empresa. Depois foi normal”, conta Denis Gomes Rocha, consultor técnico.

No trabalho, a gente sempre procura dar o melhor de si, mostrar as habilidades, e acaba muitas vezes despertando paixões. Afinal, quem nunca se interessou por um colega no emprego?
Não há lei que proíba os relacionamentos, mas uma empresa pode demitir por justa causa se entender que o casal exagerou nas demonstrações de afeto. “Se o relacionamento amoroso entre dois funcionários causar impacto. Teria que ter um comportamento libidinoso que afete a moral e o bom costume do ambiente do trabalho. Uma vez provado isso, com certeza terá sua rescisão por justa causa”, explica Mario Hessel, gerente de assuntos jurídicos.

Se o relacionamento no trabalho prejudicar o rendimento e o funcionário deixar de cumprir prazos, mais desleixado, isso também pode dar justa causa. Também há empresas que não aprovam os relacionamentos e nesses casos o casal pode perder o emprego

“Proibir o relacionamento, não, porque ela vai estar afetando a liberdade individual de cada um. Que é garantido pela constituição. Todavia ela pode não aceitar que esse tipo de relacionamento ocorra no ambiente dela e, portanto, cabe a dispensa sem justa causa”, garante o advogado.

Para levar um relacionamento adiante é preciso bom senso. Converse primeiro com o seu chefe e saiba qual a política da empresa. Seja qual for a orientação algumas regras nunca mudam: ciúmes, brigas, problemas domésticos têm que ficar de fora do escritório.

Na empresa onde trabalham Elaine e Denis, tem a Adriana e o Fábio, casados há dois anos. “A gente que conversar alguma coisa particular, mas como a gente ta na empresa. A gente evita essa situação. E trata com formalidade. Isso é complicado, porque a gente tem uma liberdade, mas dentro da empresa a gente evita”, revela Adriana Lemos, técnica de suporte.

A Vanete e o Ricardo, namorados há quatro anos. “Ás vezes a gente comenta sobre a empresa, mas a gente tentar tirar o foco. E dependendo do assunto a gente acaba brigando, aí o clima fica outro”, conta Ricardo Perez, consultor.

Brigar até pode, mas não nos corredores da empresa. Não peça conselhos a outros colegas sobre o relacionamento. Evite usar o telefone e o e-mail da empresa para conversar coisas afetivas.

“Imagine a cena. Manda uma mensagem por msn e esta no meio de uma sala de reunião com a diretoria. Faz o quê? Imediatamente aquele estado interno muda. Ser for uma cena gostosa, a imagem da pessoa vai lembrar os momentos confortáveis, se for desconfortável, vai lembrar os desconfortáveis e acaba a atenção naquilo que está fazendo”, diz Gilberto Katayama, consultor em gestão de pessoa.

Há uma atitude altamente condenável: os apelidos. “Fora da empresa tem, é meu amorzinho, mas dentro da empresa, é somente Adriana. A gente tem que separar marido e mulher do trabalho”, garante Fábio Alves, consultor.

Assim, tão apaixonados, nenhum deles pensa em separação, ou briga mais séria, mas e se acontecer? “O fato é que terão que voltar para a empresa e agir de forma profissional. Assim como todo mundo percebe quando estão apaixonados, todo mundo percebe quando estão em conflito”, diz Gilberto Katayama.


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